domingo, 19 de agosto de 2012

MÉTODO RTA


O Método RTA surgiu na década de 1980 em função do desejo de sua idealizadora, fisioterapeuta Mariangela Pinheiro de Lima, de alcançar melhores resultados do que os obtidos com as técnicas aplicadas até então. Trabalhando em um hospital pediátrico, onde a imaturidade de bebês e crianças com doenças respiratórias não permitia que eles obedecessem comandos, ela começou a elaborar uma atividade terapêutica que levaria em conta várias alterações que estes distúrbios promovem, como sensoriais, posturais, motoras e ocupacionais. Além de se preocupar com o acúmulo de secreções apresentado pelos pacientes, notou que as alterações mecânicas da caixa torácica e do abdomem contribuem para a acentuação dos distúrbios ventilatórios.

Naquela época, pouca ou nenhuma importância era dada aos músculos respiratórios no enfoque da terapia respiratória e a divulgação dos conceitos do método RTA causou estranhamento, pois associar alterações musculares e posturais à doença respiratória era uma ideia muito nova.

O trabalho, ainda não nominado Reequilíbrio Toracoabdominal, foi apresentado pela primeira vez durante o III Simpósio Internacional de Fisioterapia Respiratória, em Recife, no ano de 1986. A conferência "Tratamento Fisioterápico do Tórax Enfisematoso" foi publicada na revista da Sociedade Universitária Augusto Motta, série Fisioterapia no Hospital Geral, tema 21, 1986. Nesta conferência, Mariangela Pinheiro de Lima enunciou alguns dos importantes princípios do Método RTA, como os que podem ser conferidos a seguir:

1. A hiperinsuflação pulmonar e o esforço dos músculos inspiratórios frente a obstrução, conduzem ao encurtamento destes músculos e à fraqueza dos músculos expiratórios;

2. O encurtamento dos músculos inspiratórios diminui a elasticidade e a expansibilidade da caixa torácica;

3. Embora a musculatura acessória da inspiração trabalhe em esforço e se encurte, apresenta debilidade em suas ações não respiratórias;

4. As deformidades torácicas (no caso, o tórax em tonel), também ocorrem em patologias agudas, desde que haja aprisionamento de ar, esforço respiratório e encurtamento dos músculos acessórios da inspiração;

5. A respiração diafragmática não deve ser condicionada através de solicitação. Deve-se dar condições mecânicas ao paciente para que ele respire adequadamente;

6. O fortalecimento do diafragma deve ser obtido através de estímulos proprioceptivos, térmicos e por reflexo de estiramento. Posteriormente os estímulos por reflexo de estiramento foram deixados de lado porque a resposta aos estímulos proprioceptivos (apoio toracoabdominal, apoio abdominal inferior e apoio no espaço íleo-costal) é consideravelmente melhor;

7. Nos pacientes obstrutivos, os movimentos de abdução e flexão anterior dos braços devem ser feitos durante a fase expiratória e o tórax deve ser estabilizado, direcionando as costelas para baixo e para o centro para haver real afastamento da origem e inserção dos músculos acessórios da inspiração e consequente alongamento.



O Método RTA pode ser aplicado a pacientes de todas as idades e patologias que resultem em disfunção respiratória, desde o prematuro até o adulto. A condição clínica não é limitante para aplicação da técnica, pois o manuseio muda de acordo com as possibilidades de cada paciente. Na verdade o conceito RTA é de reestruturação da mecânica respiratória e isto pode ser alcançado em diferentes situações.
FONTE: http://www.rtaonline.com

Constante de tempo


CONSTANTE DE TEMPO,
È um conceito importante, pois seu conhecimento pode impedir o aprisionamento de ar e proporcionar melhor ventilação.
Por definição é o tempo necessário para que ocorra equilíbrio entre as pressões nas vias aéreas proximais e distais. Ao atingir esse equilíbrio não haverá mais fluxo de gases e, consequentemente, não haverá tb alteração no volume pulmonar. A beira leito é o tempo para inflar ou desinflar os pulmões.
CT - C x R
C- complacência
R- Resistência
Valores de normalidade para adultos: 0,2segundos
Para Crianças: 0,15segundos
isto considerando complacência normal de 0,005L/cmH2O e resistência de 30cmH2O em Recém natos. E em adultos  a complacência varia em torno de 200ml/cmH2O(2,0) e a resistência de 10cmH2O/l/s.
Com 1 constante de tempo o equilibrio entre as pressões ocorre com 63% do volume mobilizado. Com 3 constantes de tempo, esse volume chega a 95%. Entre 3 a 5 constantes de tempo até 99% do volume.
Em situações de diminuição de complacência e pouca diminuição da resistência o tempo para equilíbrio será menor.Já quando a resistência sobe a constante de tempo acompanha.
Dessa forma se deve considerar o tempo inspiratório para alcançar boas constantes de tempo, com constantes de tempo baixas( menor que 3) o volume recebido será insuficiente.
Diretrizes de assistência ventilatória.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Assistência Cardiopulmonar Extracorpórea Prolongada


Assistência Cardiopulmonar Extracorpórea Prolongada constitui um dos campos da ciência que envolve um grande número de profissionais especializados. A multiplicidade de aplicações torna o seu conhecimento obrigatório a todos os profissionais que trabalham em áreas clínicas, cirúrgicas e de terapia intensiva. A sigla ECMO deriva de "Extracorporeal Membrane Oxigenation", terminologia que engloba as técnicas de oxigenação extracorpórea por meio de pulmões artificiais (oxigenadores) construídos com membranas sintéticas. A sigla ECLS, igualmente originária da designação internacional para "Extracorporeal Life Support" tem a finalidade de representar o espectro mais amplo das aplicações dessa tecnologia. Em sua essência, as técnicas de ECMO tem a finalidade de permitir a realização das trocas gasosas em membranas sintéticas, para substituir as funções pulmonares temporariamente ineficientes. Quando a insuficiência respiratória aguda e reversível compromete a função cardíaca, especialmente em recém natos e crianças de baixo peso, a técnica também permite prestar assistência circulatória e, desse modo, possibilita a oxigenação do sangue e a distribuição de sangue oxigenado aos tecidos, enquanto os pulmões se recuperam da injúria aguda.
Apesar da complexidade e da equipe multidisciplinar envolvida na realização dos procedimentos de ECMO, a existência de centros habilitados à utilização dessa tecnologia constitui um dos pilares de sustentação da terapia intensiva, em todas as suas modalidades.

Álcool Gel obrigatório???


s para evitar KPCAgência Brasil

BRASÍLIA - Para evitar novos casos da superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) e de outros micro-organismos resistentes a antibióticos, hospitais e clínicas públicos e privados serão obrigados a colocar dispensers com álcool em gel em todos os quartos, ambulatórios e prontos-socorros.
A norma foi aprovada nesta sexta-feira, 22, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para estimular a higienização de profissionais de saúde, uma das medidas mais eficazes para impedir a disseminação das superbactérias e conter as infecções hospitalares, informou o diretor da Anvisa, Dirceu Barbano.
“Esse é um elemento [álcool em gel] que facilita o hábito de higienização, porque é mais fácil de ser acessado. Mas as pessoas podem continuar a lavar as mãos com água e sabão”, destacou Barbano.
A nova regra deve ser publicada oficialmente na próxima semana. De acordo com o diretor, os hospitais terão um prazo de até 60 dias para se adaptar.
Técnicos da Anvisa reuniram-se nesta sexta com especialistas em infectologia e microbiologia para discutir medidas de contenção e o cenário da KPC no Brasil. A carbapenemase é um tipo de enzima que provoca resistência de algumas bactérias aos antibióticos de uso habitual.
A superbactéria atinge, principalmente, pessoas com baixa imunidade que estejam hospitalizadas, como pacientes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela pode ser transmitida por meio de contato direto, como o toque, ou pela utilização de objetos comuns.
O Distrito Federal registra um surto de KPC. São 183 casos confirmados e 18 mortes até o momento. Há registros de casos também no Espírito Santo, Paraná, em São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Minas Gerais e na Paraíba.
O que é uma superbactéria
No organismo humano, naturalmente há uma maior quantidade de bactérias que de células. Se uma pessoa faz uso indiscriminado de antibióticos, acaba matando mais micro-organismos que o necessário para o paciente se curar da doença. Com isso, elimina bactérias inofensivas e restam as mais resistentes, que se proliferam e dão origem a uma linhagem de superbactérias.
Segundo Ana Cristina Gales, professora de infectologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), essa versão de que a resistência bacteriana se dá apenas pelo abuso de antibióticos é simplista. "As razões que levam uma bactéria a driblar a ação dos remédios não são totalmente conhecidas. O abuso do medicamento pode interferir, mas não é o único fator", diz.
Além disso, os antibióticos são levados para o ambiente de diversas formas. Uma das maneiras de os micro-organismos do ambiente terem contato com antibióticos é por meio de dejetos de esgotos de hospitais e da produção da indústria. Outro ponto relevante é o uso dos medicamentos na agricultura e no tratamento de animais.
A superbactéria não provoca nenhum sintoma; o que ela faz é aumentar o risco de infecção generalizada (sepse) e morte do paciente.
Com informações do estadão.com.br  - 22 de outubro de 2010 | 20h 29
Olha o tempo dessa resolução? Fiscalização neles.